Uma boa matéria de Orlando Margarido está na Carta Capital desta semana falando sobre Michel Ciment, crítico de cinema e diretor da revista francesa Positif , que esteve recentemente no Brasil, com suas opiniões polêmicas sobre o valor do cinema enquanto experiência dos sentidos, bem mais do que intelectual.
Algumas falas dele que gostei:
“A primeira grande pergunta que se propõe é ‘esse filme me interessa, ele conquista a minha atenção?’ Estou então no universo da paixão e só depois irei racionalizar”
“Um filme não é uma notícia de jornal ou um tratado filosófico, antes uma experiência sensorial, de emoção.”
“Não quero a visão do cinema apenas liderada pelos críticos, nem aquela apenas do público. Quero o equilíbrio que os melhores cineastas conseguiram, de exigência na qualidade e ao mesmo tempo popular.”
“Oitenta por cento dos diretores de que gosto são comerciais.”
“Hollywood pode fazer o melhor e o pior. O cinema americano está cheio de bons exemplos de como pode unir sucesso e qualidade, dos irmãos Coen a Woody Allen, passando pela modernidade de Quentin Tarantino. E não se pode esquecer de que a audiência levou os críticos a Hitchcock.”
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