segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Soundtrack: A hard day's night

Pela passagem de Paul pelo Brasil, o trailer do filme que ele e seus amiguinhos fizerem em 1966, quando revolucionaram o mundo musical e esteticamente:

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A vida selvagem de Isabella Rossellini


Ótimo documentário em cartaz no GNT.DOC esta semana sobre essa atriz belíssima.

Entre seus filmes, o mais representativo é com certeza Blue velvet de Danid Lynch, cujo trecho com Denis Hopper e Kyle MacLachlan está reproduzido abaixo:



Detalhe: além de linda, ela canta!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Registro: 29a Bienal de São Paulo

Muito forte a presença do audio-visual nesta edição da Bienal de artes plásticas de São Paulo.

Entre tantos vídeos e curtas exibidos na mostra, destaco este do mestre Jean-Luc Godard:



Resenha da obra retirada do site oficial da bienal:

"Desde a produção de filmes publicitários até a crítica de cinema, passando por musicais, comédias e filmes-ensaio, a obra de Jean-Luc Godard atravessa inúmeros campos da realização audiovisual. Sua formação filosófica e política faz-se, sobretudo, durante e através dessa prática, seja pelos seus filmes de ficção que partem das aspirações, frustrações e ideais da juventude parisiense; pelas cartas políticas elaboradas nos vídeos realizados com o Grupo Dziga Vertov; ou pela monumental leitura do século 20 apresentada na colagem audiovisual Histoire(s) du cinéma. Ao longo desse percurso, amadureceu um provocativo conjunto de ideias e intrincados modos de pensamento, reproduzidos por meio de imagens e sons concatenados.

O vídeo Je Vous Salue Sarajevo articula alguns pensamentos de Godard acerca da história e da política, apresentando a arte como a exceção que pode ser musicada, pintada ou vivida, e que se contrapõe às normas definidoras da cultura.

A partir de uma única foto do conflito de Sarajevo, a edição constrói uma sucessão de enquadramentos e cenas, enquanto a voz de Godard murmura um discurso que sugere a indistinção entre produção artística e luta política."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Roteiro: Up in the air



INT. OMAHA AIRPORT - DAY
Ryan walks through the automated door. He looks like he did in the opening of the film. Maybe even wearing the sameclothes. Something is different though.

RYAN - Tonight, most people will be welcomed home by jumping dogs and squealing kids. Their spouses will ask about their day and tonight they’ll sleep.

Ryan stops and looks up at a GIANT BOARD OF DESTINATIONS. An endless list of cities around the world. A menu of new lives departing every five minutes.

RYAN - The stars will wheel forth from their daytime hiding places.We look back at Ryan. His eyes lock on one of the cities. We don’t see which one. He makes a mental decision and turns in the direction of the gate. He lets go of his ROLL-AWAY.

RYAN - And one of those lights, slightly brighter than the rest, will be my wingtip, passing over, blessing them. Ryan takes a step, but before his foot can land we...

CUT TO CLOUDS

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Matéria sobre Michel Ciment na Carta Capital desta semana


Uma boa matéria de Orlando Margarido está na Carta Capital desta semana falando sobre Michel Ciment, crítico de cinema e diretor da revista francesa Positif , que esteve recentemente no Brasil, com suas opiniões polêmicas sobre o valor do cinema enquanto experiência dos sentidos, bem mais do que intelectual.

Algumas falas dele que gostei:

“A primeira grande pergunta que se propõe é ‘esse filme me interessa, ele conquista a minha atenção?’ Estou então no universo da paixão e só depois irei racionalizar”

“Um filme não é uma notícia de jornal ou um tratado filosófico, antes uma experiência sensorial, de emoção.”
“Não quero a visão do cinema apenas liderada pelos críticos, nem aquela apenas do público. Quero o equilíbrio que os melhores cineastas conseguiram, de exigência na qualidade e ao mesmo tempo popular.”

“Oitenta por cento dos diretores de que gosto são comerciais.”

“Hollywood pode fazer o melhor e o pior. O cinema americano está cheio de bons exemplos de como pode unir sucesso e qualidade, dos irmãos Coen a Woody Allen, passando pela modernidade de Quentin Tarantino. E não se pode esquecer de que a audiência levou os críticos a Hitchcock.”

domingo, 7 de novembro de 2010


A diretora Lisa Cholodenko tem uma experiência na TV, em algumas séries que eu adoro como "Six feet under", no cinema em filmes que nunca tiveram muita expressão como "Laurel Canyon", e faz agora seu primeiro trabalho com maior projeção, "The kids are all right" que ganhou no Brasil o título tosco de "Minhas mães e meu pai", para que o viés cômico chame a atenção dos pagantes na bilheteria. (Podre!)

Apesar do título, o filme é delicioso. É divertido, inteligente, os personagens são interessantes e contemporâneos. As piadas funcionam e as questões relevantes que devem ser discutidas são levadas a frente. Engana-se quem acha que trata-se de um filme tipicamente gay, focado na relação de duas lésbicas e nas situações que podem ser originadas em uma família assim pouco convencional. O foco aqui é a falta de clímax que invariavelmente aparece em uma relação de 20 anos entre dois seres humanos (sejam heteros, homo ou o que forem) e nos reflexos que isso pode trazer para uma família, sobretudo quando neste contexto um elemento novo aparece e traz "vida" para o amabiente, no caso, o pai-doador das crianças.

Ter Juliane Moore e Annete Benning no elenco, eleva o filme a uma potência maior, ainda mais quando Annete tem uma de suas melhores performances. Não é brincadeira, ela está maravilhosa. O papel é bem complexo e ela sabe fazê-lo sem ser caricata nem melodramática. A sequência do jantar na casa do pai-doador é seu "best moment" no filme e é a imagem que eu espero ver quando passar aquele trechinho das indicadas no próximo Oscar. Sim, eu estou contando com a justa premiação dela este ano.

Juliane Moore como sempre muito bem, Mark Rufallo também, como era de se esperar de ambos. Os garotos também não deixam por menos, Josh Hutcherson e Mia Wasikowska encantam a tela quando aparecem. Destaco a garota como uma das melhores novidades dos últimos anos. Ela fez muito sucesso na série "In treatment" e já tem no currículo um Tim Burton e um Gus Vun Sant, ou seja, não é uma qualquer.

Tem só um probleminha no roteiro do filme, ele parece meio acelerado, as situações parecem e se resolvem de repente, sem muito tempo para serem desenvolvidas, mas quero crer que isso acontece por conta da necessidade de se ter uma duração pequena da fita, no formato comédia romântica que é para o que ele foi feito. Nada que comprometa demais, apenas incomoda um pouco.

sábado, 6 de novembro de 2010

Roteiro: A single man


CHARLEY - Hello?

GEORGE - What are you up to kiddo?

INT. CHARLEYʼS HOUSE - DRESSING ROOM. DAY -- CONTINUOUS
Charleyʼs hair is teased up but has not yet had itʼs final brush out and last coat of lacquer. Her foundation is on but the rest of her makeup is not yet done and her face is matte beige. She has a picture ripped out of Vogue on her dresser top about how to achieve the “Perfect Doe Eye”. One eye is made up and the other is bare. We are staring at her in a magnifying mirror. There are dresses strewn around the room. A Serge Gainsbourg record is playing in the background.
CHARLEY - Just trying to fi nish up a book. Howʼs your day going?

GEORGE - Fine. I was just getting ready to leave school and wanted to know if you needed anything for tonight?

CHARLEY - Youʼre sweet, but thanks, I think Iʼm all set.She is looking at herself in the magnifying mirror.

CHARLEY - Oh, could you pick up a bottle of Gin for me? Tangueray? I love the color of the bottle.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Registro: Vencedores da 34a Mostra Internacional de Cinema

PRÊMIO FICÇÃO – COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES
Melhor Atriz: Noomi Rapace, por ‘Beyond’, de Pernilla August
Prêmio Especial do Júri: ‘Beyond’, de Pernilla August
Melhor Filme: ‘Quando Partimos’, de Feo Aladag
PRÊMIO DOCUMENTÁRIO – COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES
Prêmio Especial do Júri: ‘O Samba Que Mora em Mim’, de Georgia Guerra-Peixe
Melhor Documentário: ‘Jardim Sonoro’, de Nicola Bellucci
PRÊMIO DA CRÍTICA
Prêmio Especial da Crítica: ‘Carlos’, de Olivier Assayas
Melhor Filme: ‘Mistérios de Lisboa’, de Raúl Ruiz
PRÊMIO DO PÚBLICO
Melhor Filme Brasileiro: ‘Meninos de Kichute’, de Luca Amberg
Melhor Filme Internacional: ‘Balibó’, de Robert Connoly
Melhor Documentário Brasileiro: ‘José & Pilar’, de Miguel Gonçalves Mendes
Melhor Documentário Internacional: ‘Pense Global, Aja Rural’, de Coline Serreau
Prêmio da Juventude: ‘O Mágico’, de Sylvain Chomet
PRÊMIO AQUISIÇÃO CANAL BRASIL (curtas-metragens)
Melhor Curta-metragem: ‘Pimenta’, de Eduardo Mattos.
PRÊMIO ITAMARATY
Prêmio Especial – Homenagem pelo Conjunto da Obra: Carlos Reichenbach
Melhor Curta-Metragem: ‘Pimenta’, de Eduardo Mattos (prêmio de 15 mil reais)
Melhor Longa-Metragem – Documentário: ‘Lixo Extraordinário’, de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley (prêmio de 30 mil reais)
Melhor Longa-Metragem – Ficção: ‘Rosa Morena’, de Carlos Oliveira (prêmio de 45 mil reais)
PRÊMIO HUMANIDADE
Mahamat Saleh Haroun, diretor de ‘Um Homem que Grita
Raúl Ruiz, diretor de ‘Mistérios de Lisboa
Hannah Schygulla, atriz e diretora
TROFÉU AMIGOS DA MOSTRA
Maestro Maurício Galindo, que regeu a Jazz Sinfônica na trilha sonora ao vivo do filme ‘Metrópolis‘, no Parque do Ibirapuera, em 24/10

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Filmografia - Sofia Coppola

1) As virgens suicidas ( 1999 )
2) Encontros e desencontros ( 2003 )
3) Maria Antonieta ( 2006 )
4) Em algum lugar ( 2010 )

...e tem também este videoclipe dos White Stripes:

domingo, 31 de outubro de 2010



Alguém pode me dizer onde a Sofia Copolla que chegar? É que eu realmente acredto que que "em algum lugar" deve estar o sentido deste filme. Acredito mesmo, mas confesso que ainda não sei qual é. Não se trata de não ter entendido a estória, claro que entendi. O filme é totalmente inteligível: Um astro de Hollywood vai percebendo o vazio a sua volta e atravessa seu cotidiano, com assédio de mídia e fãs ,com desinteresse e apatia, até que explode numa crise de consciência e decide se encontrar "em algum lugar". É um argumento até meio clichê mas não deixa de ser algo válido para ser trabalhado. Até aí tudo bem. O problema é que Sofia Copolla fez um filme insípido e com um ritmo cansativo. Parece coisa de diretor que quer mostrar que é cult a todo custo. Não sei se ela precisava disso para ganhar o urso de ouro de Veneza.

Analisando seu histórico: "As virgens suicidas", "Encontros e desencontros" e "Maria Antonieta", dá para perceber que "Em algum lugar"se encaixa no todo por tratar de solidão e desenquadramento social, mas destoa dos outros por não ter a  mesma leveza e o  mesmo estilo deles. É que o novo filme de Sofia Coppola não é simplemente leve, é lento, enfadonho. O que salva o filme são algumas cenas meio cômicas (dormir em pleno sexo oral), outras meio fofinhas (pai e filha tomando chá imaginário no fundo na piscina) e o nonsense de duas garotas louras fazendo coreografia sensual em uma barra de polidancing.

Também vale destacar o elenco que é basicamente concentrado em Stephen Dorff, que acaba de entrar na categoria "ator" para mim. Vi que ele já fez vários filmes antes deste, alguns inclusive que eu assisti, mas não lembro dele se destacar em  nada, sinal de que não tinha mesmo muita expressão. Neste filme de Sofia Copolla, no entanto, ele está muito bem e merece todos os méritos. Lembrando que ele quase é ofuscado por Elle Fanning, a irmã mais nova de Dakota, que dá um show, garante toda a graça do filme e desde já se torna uma aposta de talento para o  futuro.

E claro, a trilha sonora incrível , como de todos os filmes de Sofia Copolla. Isto ela sabe fazer bem e não deixou cair a bola.

p.s.: Na sessão que eu vi, o microfone aparecia o tempo todo na parte superior da tela. Será que é mais uma invenção de diretor ou estava errado mesmo? Vou acreditar que a versão que veio para a Mostra não está ainda finalizada e por isso este problema, fico mais tranquilo com esta explicação.

domingo, 24 de outubro de 2010


O cinema francês tem sido uma caixinha de surpresas. Algumas vezes me decepciona de uma forma que eu juro nunca mais perder tempo com ele, mas outras vezes, me apresenta trabalhos tão bem elaborados que se redime de tudo. Este O profeta , felizmente, é um exemplo do segundo grupo, um filme destes que faz a gente se envolver e se questionar.

Direção e interpretações incríveis. Nunca tinha visto nada deste diretor, Jacques Audiard  (pelo jeito não chegou muita coisa dele ao Brasil) mas desde já me tornei fã dele e dos atores Tahar Rahim e Niels Arestrup. Tahar faz um trabalho maravilhoso como o garoto que entra na prisão de forma inocente e aos poucos vai se promiscuindo com as atividades subversivas e criminosas do ambiente e se transforma em uma pessoa tão perigosa quanto os demais a sua volta. O ator sabe levar toda esta transformação "sem perder a ternura", o que é a marca mais forte do personagem. Arestrup tem jeito de ser um daqueles grandes atores de teatro, com cara de quem seria um excelenet Rei Lear, e neste filme faz um trabalho de muita intensidade como o mestre, protetor e ao mesmo tempo corruptor do jovem presidiário feito por Rahim. Sintonia perfeita de dois atores de gerações diferentes.

Filmes de prisão sempre me antipatizaram um pouco, mas O profeta extrapola o clichê do estilo de ser apenas uma denúncia social ao sistema carcerário e fala sobre a tarjetória de seres humanos bem complexos e de como a necessidade de sobrevivência podem transformá-los.

A exploração de grupos étnicos já é algo bem usual no cinema europeu, muitas vezes utilizado como charariz comercial por retratar as tensões políticas atuais. Neste filme, temos árabes e corsos lutando por poder dentro e fora da prisão, mas o conflito aqui é muito bem embasado e não cai no sensacionalismo político de muitos outros. A questão da mediunidade do personagem central, que dá título ao filme, é exposta de forma discreta e reforça a teoria de que a traletória dele é algo que tinha que ser cumprida para aprendizagem e crescimento.

Acho difícil um filme conseguir equilibrar crítica social e questões transcedentais e O profeta conseguiu dar um formato interessante para a união dos dois temas, por isso gostei tanto.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vale mais que mil palavras


Visual de Natalie Portman em Black Swan de Darren Aronofsky com estréia prevista para dez/10 por aqui.

Mostra Internacional de Cinema: boas expectativas

"Metropolis", de Fritz Lang: O clássico de 1927 será exibido em nova cópia restaurada com 25 minutos de material inédito, encontrado no Museu do Cinema de Buenos Aires. A exibição será gratuita no gramado do auditório do Ibirapuera.

"Tio Boonmee, que Pode Recordar suas Vidas Passadas", de Apichaptong Weerasethakul: Grande vencedor da Palma de Ouro em Cannes este ano. O longa tailandês é baseado em uma fábula budista.

"Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos", de Woody Allen: Mais recente trabalho do cineasta, o filme deve gerar filas. O longa, exibido pela primeira vez no festival de Cannes, é estrelado por Naomi Watts, Antonio Banderas, Anthony Hopkins.

"Cópia Fiel", de Abbas Kiarostami: Exibido no Festival de Cannes, o filme do cineasta iraniano rendeu a Juliette Binoche o prêmio de melhora atriz. É o primeiro filme do diretor totalmente rodado fora do Irã.

"Abel", de Diego Luna: Ator de "E Sua Mãe Também" e "Milk", Diego Luna bateu o recorde de bilheteria no México com esse filme que conta a história de um menino que mistura realidade e fantasia.

"Um Lugar Qualquer", de Sofia Coppola: Grande vencedor do Leão de Ouro em Veneza este ano, o sétimo filme de Coppola na direção analisa os bastidores de Hollywood através da história de um astro do cinema.

"Até o Fim do Mundo", de Wim Wenders: A exibição do filme de 280 minutos contará com a presença do diretor, que assina o cartaz da Mostra deste ano.

"O Senhor do Labirinto", de Geraldo Motta: Baseado na história do artista Artur Bispo do Rosário, o filme foi escolhido o melhor longa pelo júri popular no Festival do Rio.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sountrack: Platoon - Rebelde ou Herói

Filmografia - Oliver Stone

Para conhecer mais sobre Oliver Stone (acima cartaz do filme que lhe rendeu um oscar):

1) Wall Street – O dinheiro nunca dorme (Wall Street: Money Nevers Sleeps) (2010)
2) Ao Sul da Fronteira (South of the Border) (2009)
3) W. (2008)
4) As Torres Gêmeas (World Trade Center) (2006)
5) Alexandre (Alexander) (2004)
6) Um Domingo Qualquer (Any Given Sunday) (1999)
7) Reviravolta (U Turn / Stray Dogs) (1997)
8) Nixon (1995)
9) Assassinos por Natureza (Natural Born Killers) (1994)
10) Dave - Presidente por um Dia (Dave) (1993)
11) Entre o Céu e a Terra (Heaven & Earth) (1993)
12) The Doors (1991)
13) JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar (JFK) (1991)
14) Nascido em 4 de Julho (Born on the Fourth of July) (1989)
15) Wall Street - Poder e Cobiça (Wall Street) (1987)
16) Platoon (1986)
17) Salvador - O Martírio de um Povo (Salvador) (1986)

domingo, 17 de outubro de 2010

DVD: Wall Street - Poder e Cobiça

Ainda não consegui ver o novo Wall Street nos cinemas (sei, estou atrasado, o filme vai fazer um mês em cartaz...rsrsr), mas para compensar decidi dar uam revisada no filme que o antecede em DVD. Já o tinha visto há uns anos e revê-lo agora só confirmou o quanto ele é bom. Sim, eu sou suspeito porque essa temática de "executivos ganaciosos e suas artimanhas para conquistar o mundo" sempre me atrai. Mas independente de minhas predileções, este é mesmo um filme muito bem. Da abertura elegantérrima ao som de Fly me to the moon até o desfecho novelesco com direito a gravações secretas de conversas com o vilão, tudo é muito bom.

Oliver Stone é um diretor que admiro muito, sempre trata de temas polêmicos e caros à sociedade americana, sempre consegue dar um ar de grandiosidade em tudo que faz (nunca ouvi falar de um "filminho" dele, sempre é coisa vultosa) e parece ser fixado em grandes homens, de Gordo Gekko a Alexandre, passando por JFK e Nixon. Neste primeiro Wall Street, ele faz um filme sério e tenso, com um traço meio auto-biográfico (o pai dele foi executivo de investimentos) e consegue expressar muito bem o tom daquele mundo de finanças nos anos 80. E vale lembrar que este era seu segundo filme de sucesso (o primeiro foi Platoon pelo qual ganhou um Oscar)

Mas o melhor de rever este filme é mais uma vez ver o excelente trabalho de Michael Douglas. Como ele está perfeito neste papel, o Oscar foi mais que justo. A postura de Gordon Gekko faz a Miranda Priesley virar uma subalterna qualquer. E claro, é muito bom ver atores como Charlie Sheen e Daryl Hannah em suas fases auréas, não apenas porque era bem jovens, mas porque depois desta época fizeram pouca coisa que valha a pena se destacar. E o elenco ainda se fecha com participações requintadas de Martin Sheen, Terence Stamp, James Spader (que ainda daria muito o que falar depois disso em Sexo, mentiras e videotapes) e a desaparecida Sean Young (a morena misteriosa de Blade Runner, alguém lembra?)

Agora vou tentar ver a continuação nos cinemas e acho que o primeiro deve ser revisto sim, sem dúvidas. Para quem não quiser se aventurar, compartilho o trailer da época:

Registro: 34a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo



Estes são os dois cartazes da 34a Mostra Internacional de Cinema que acontece aqui em São Paulo entre 22/Out e 04/Nov. O primeiro cartaz é assinado por Win Wenders, diretor alemão que terá, durante a Mostra, uma exposição de fotos suas no Masp. Para quem não conhece seus fimes, indico Asas do desejo como um boa iniciação ao seu trabalho.


Akira Kurosawa é o autor do segundo cartaz, que é o que eu mais gosto. O cineasta japonês tem seu centenário comemorado pela Mostra com a exibição de alguns de seus filmes, o lançamento de um livro da Cosac Naify e ainda uma exposição no instituto Tomie Ohtake com storyboards originais feitos para vários de seus filmes, entre eles, Sonhos que eu considero um dos nmelhores e do qual eu compartilho abaixo um trecho no qual um garoto entra em um quadro de Van Gogh. Sensacional !


sábado, 16 de outubro de 2010

Lições aprendidas: Comer, rezar, amar


1) Não é o local que você está que vai resolver seus problemas e sim você.
2) Viajar, no entanto, pode ajudar a vê-los de outra forma.
3) Gurus não podem garantir seu futuro, mas quem sabe acertem algo. Na dúvida, invista um tempo nisso.
4) Acredite e não desista, um dia você pode viver de dolce far niente (rsrs!)
5) Se delicie mais com a comida e saiba que nem sempre ter uns quilinhos a mais vai ter tanto impacto na sua vida. Algumas mudanças precisam acontecer primeiro por fora para depois acontecerem por dentro.
6) Respeite a cultura alheia e não queira interferir nela, mesmo que você veja alguém caminhando para um casamento infeliz. A cultura que nascemos determina também nosso conceito de felicidade.
7) Se você acha que deve voltar lá, volte, mesmo que "lá" seja uma pequena aldeia em Bali, vai que seu amor está a espera por lá.
8) Se alguma pessoa louca ou distraída na direção te atropelar, preste bastante atenção nela, pode ser o grande amor da sua vida. Não é a primeira vez que vejo isso em um filme ou novela.
9) Quando estiver sem grana, envie um e-mail para todos seus amigos pedindo uma contribuição para uma causa nobre, eles vão contribuir e você terá dinheiro suficiente para construir uma casa
10) Tenha menos preconceitos com filmes baseados em auto-ajuda literária, eles podem te distrair

Nada como uma comédia romântica para a gente se distrair. A união da autora de auto-ajuda feminina Elizabeth Gilbert com o diretor das séries NIp/Tuck e Glee é uma boa opção para se passar o tempo e (acreditem) refletir sobre a vida. Sim, a história real de vida da autora pode trazer alguns bons insigths para quem está passando por um momento de transição...sobretudo se for de transição amorosa...sobretudo se você for mulher. Eu não me enquadro em nenhuma das duas condições mas consegui perceber que o filme é uma peça bem funcional para o estilo "mulheres à procura de um amor real e um sentido para vida" (embora muitas não façam diferença entre as duas coisas..rsrsrs...desculpem, meninas, não deu pra perder a piada).

O filme é muito bonitinho e tem umas idéias interessantes. Eu particularmente gostei mais da parte que ela está na Itália, isto porque adoro o clima dolce far niente tão exaltado por eles (ainda viverei assim um dia, rsrs, i hope). A fase da India também é interessante e o final em Bali é meio "contos-de-fadas para garotas de 30 e tantos anos", mas também é legal. Alguns amigos que leram o livro disseram que algumas experiências interessantes vividas pela personagem foram suprimidas na telona, mas isso faz parte de qualquer adaptação, não é mesmo? Sorry for your expectations!

Este filme é o segundo dirigido por Ryan Murphy. O primeiro é um tal de Running with scissors que não foi bem distribuído aqui pelo Brasil e eu não vi. Qualquer dia desses eu dou uma olhada e comento com vocês. Bom, as séries que ele criou e dirige são muito boas e Comer, reza, amar é um filme bem legal. Não há nada que desabone o trabalho do rapaz. Vamos esperar o que ele vai fazer pela frente pra formar uma opinião mais sólida sobre sua contribuição ao cinema.

Julia Roberts continua linda como sempre...e que bom que ela continua pois se perdesse a beleza não sei se sustentaria pelo talento...ok,ok, ela não faz feio nas telas, mas tão pouco faz muita diferença ...sim, eu sei, ela já ganhou um oscar por Erin Brokovich , estava mesmo bem neste filme, mas está longe de ser uma atriz que me surpreendacom um trabalho. Sempre aquele sorrisinho e aquelas carinhas de "sou frágil e forte ao mesmo tempo". Mas este filme não tem nas interpretações seu maior foco, ok? Nem precisava ter, o objetivo dele é ser bem vendido e passar uam mensagenzinha de que "as coisas podem dar certo". É isso.

Javier Barden, ator cult do momento, parece estar meio com preguiça de interpretar, como se não levasse muito a sério o trabalho. Tá certo ele, deixa as energias para gastar com o que vale a pena. Gostei do James Franco, embora ache ele meio "ator sem identidade", e também do Billy Crudup que nunca faz nada de expressivo mas sempre tem umas aparições legais.

O próximo livro dela (o título é "Comprometida") deve virar filme também, o Paulo Coelho já está nos cinemas com sua "Veronika decide morrer" e antes que Lya Luft seja adaptada vou tratar de ver algo com mais conteúdo.

Até a próxima chuva!

Registro: Nobel de Literatura para Mario Vargas Llosa

Ainda em tempo, registro do prêmio Nobel de literatura para Mario Vargas Llosa com um trecho de Pantaleão e as visitadoras , uma de suas obras que foi para o cinema:

Começando a chover...

As primeiras gotas sempre caem leve, sem muita pressão. Então, para começar a chover no cinema, um pouco de 500 dias para ficar com ela um filme sensível e simples!




Até a próxima chuva!