domingo, 23 de janeiro de 2011


Edward Zwick é desses diretores que não conseguem ter uma linha de trabalho definida. Existem muitos deles em Hollywood, tipo Joel Schumacher, sabe? E nessa de fazer um pouco de tudo, ele comete bons acertos , como "Tempo de Glória" e "Diamante de sangue", e erros irreparáveis como "Coragem sob fogo". A verdade é que ele faz basicamente filmes de ações e desta vez decidiu passear por uma área quase desconhecida: a comédia romântica cult "Amor e outras drogas". O resultano é um filme legal mas como momentos bem irregulares. Ele começa muito bem, com um ritmo ágil fazendo paralelo com o assunto tratado que é a abordagem agressiva ao mercado feito pelas áreas comerciais de industrias famacêuticas. Depois faz os pombinhos se conhecerem e o filme vira um revesamente de melodrama barato com comédia besteirol. E o final é o mais aguardado possível.

Ainda assim, gosto do filme por ter dois atores da novíssima geração do cinema em atuações maravilhosas. Anne Hathaway está muito bem como a garota deprimida e doente e Jake Gyllenhall (eu sempre erro o nome dele) faz um ótimo contraponto como o galã engraçado, sedutor e cheio de vida. Eles passam a veracidade da história a despeito de um roteiro perdido e uma direção que se pretendia cult mas não sai do óbvio comercial.

Sobre o excesso de cenas de semi-nudes e sexo, quero acreditar que tudo está relacionado ao fato de que o amor pode ser uma droga tão perigosa e viciante quanto as outras que a Pifzer distribui, mas as vezes pendo que era vontade de fazer o filme vender mais um pouco porque o Jake aparece nu centenas de vezes no filme. Desnecessário.

Ah, legal a história se passar nos anos 90, na época do surgimento do viagra. Saudades daquele período.

Um comentário: