segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Registro: Amy Winehouse e Janelle Monae no Brasil, a bêbada e a equilibrista

Não há como se fugir do cinema, mesmo não indo para ele. Neste final de semana, fui ver a bêbada, Amy Winehouse, e a equilibrista, Janelle Monae, entre as outras boas atrações do Summer Soul Festival. 

Janelle Monaé, através de suas canções, conta a história da androide Cindi Mayweather, que se apaixona por um humano e tem de escapar da polícia para não ser desativada. Mayweather passa a ser uma robô/messias, tendo como missão a libertação de classes oprimidas. Esse tipo de trabalho segue a mesma linha do “The Wall” do Pink Floyd e de “Ziggy Stardust” de David Bowie, um encontro maravilhoso entre música e cinema. Janelle homenageia “Tempos modernos” de Chaplin quando canta “Smiles”, utiliza imagens de “Star wars” durante a música “Cold war”, remixa a trilha sonora de “007 contra Goldfinger”  (é claro que essa informação eu li, não deu pra percerber de ouvido na hora do show, afinal , quem lembra da trilha de Goldfinger?!?), e cria um futuro fantástico a partir de obras e Philip K. Dick,  como “Blade Runner” e “Minority report” , e sobretudo do clássico “Metrópolis “ de Fritz Lang que é a célula mater de todo o trabalho da artista.

Amy Winehouse é música pura e não utiliza a sétima arte diretamente como recurso para sua arte, mas não se pode dizer que ela não faz um show de cinema e seria injusto falar tanto de Janelle quanto a verdadeira estrela da noite foi Amy com sua voz maravilhosa e o clima noir de sua apresentação.

Ao final do show, a conclusão é de que música também é cinema !!

Um comentário:

  1. Janelle... em todas as críticas de hoje... foi a estrela que salvou o show paulistano... Amo Amy e sua voz única... mas acho que existe uma certa falta de respeito que eu não concordo e não compactuo...

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